
Inadimplência de aluguel no Ceará registra maior taxa dos últimos 10 meses, aponta Índice Superlógica
A inadimplência de aluguel no Ceará registrou a maior taxa dos últimos 10 meses, saindo de 5,50% em julho para 6,03% em agosto, com variação de 0,53 ponto percentual. No comparativo com o mesmo período de 2024 (6,11%), houve uma retração de 0,08 ponto percentual. O índice no estado ficou acima da média nacional, que foi de 3,76% no período. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
O Índice de agosto ainda aponta que, na capital Fortaleza, a taxa de inadimplência está alta, mas abaixo da média de todo o estado, com 5,93% – uma diferença de 0,10 ponto percentual. É a primeira vez que a Superlógica traz o dado de inadimplência da capital do estado.
Segundo Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “a nova alta no Ceará mostra que a pressão sobre o orçamento das famílias ainda é significativa. O índice segue elevado e acima da média nacional, o que exige atenção e reforça a necessidade de atenção contínua ao cenário econômico, especialmente diante das possíveis pressões inflacionárias e altas nos juros nos próximos meses.”
Em agosto, a região Nordeste continuou liderando o topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,94%, leve crescimento de 0,03 ponto percentual ante aos 4,91% de julho. A região Norte teve um aumento de 0,16 ponto percentual de julho para agosto e agora ocupa o segundo lugar com 4,64%, enquanto o Centro-Oeste teve uma queda significativa de 0,78 ponto percentual e passa ao terceiro lugar, com 3,90%. O Sudeste aparece em seguida, com taxa de 3,62% – aumento de 0,11 ponto percentual em comparação com julho -, e o Sul com 3,31% – a menor taxa do país, apesar de crescimento de 0,12 ponto percentual entre julho e agosto.
O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Nordeste, a taxa de inadimplência de apartamentos caiu 3,22% em julho para 2,88% em agosto, acima da média nacional de 2,73%; e a de casas também diminuiu de 6,39% para 6,30%, também acima da média nacional de 4,27%. Os imóveis comerciais registraram aumento, passando de 7,21% em julho para 7,98% em agosto, acima da média nacional de 5,20%, no período.
No cenário nacional, a inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 7,02% em agosto, e 6,02% em julho. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 também registraram nova alta, saindo de 6,14% em julho para 6,32% em agosto, um aumento de 0,18 ponto percentual. A taxa de inadimplência de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 e de R$ 3.000 a R$ 5.000 foram semelhantes, sendo 2,36% e 2,34%, respectivamente.
Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa até R$ 1.000 continua com a maior taxa e segue em crescimento, de 7,98% em julho para 8,41% em agosto, um aumento de 0,43 ponto porcentual. A menor taxa foi na faixa de R$ 2.000 a R$ 3.000, de 4,42%.
“O índice mostra que a inadimplência é maior nas faixas extremas de aluguel, tanto nos imóveis de alto padrão quanto nos de menor valor, refletindo diferentes desafios financeiros. Já nas faixas intermediárias, os dados seguem mais estáveis, o que indica um equilíbrio maior entre a renda dos locatários e o valor dos aluguéis, tanto no mercado residencial quanto comercial”, avalia Gonçalves.
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