O Ceará Sem Fome, programa do Governo do Estado, foi tema de uma audiência pública realizada na sexta-feira (26/9), na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). O debate, com o tema “Segurança alimentar e nutricional: dois anos do Programa Ceará Sem Fome”, reuniu autoridades, gestores públicos, parlamentares e representantes da sociedade civil para avaliar os avanços e discutir novos caminhos para a política de combate à fome no Estado.

A audiência foi proposta pelo deputado estadual Pedro Lobo (PT), que destacou a importância de reconhecer os resultados alcançados até o momento. “O Ceará Sem Fome é uma política pública que tem transformado a vida de milhares de famílias em situação de vulnerabilidade. Tivemos a iniciativa dessa audiência para celebrar os bons números do programa, mas, sobretudo, para reforçar o impacto que ele tem na vida de quem mais precisa”, afirmou.

Durante o encontro, a primeira-dama do Estado e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Programa, Lia de Freitas, apresentou um balanço das ações. Ela lembrou que, além das medidas emergenciais que incluem 1.300 cozinhas distribuídas em todos os 184 municípios, o cartão com auxílio de R$ 300 e campanhas de arrecadação de alimentos, o Ceará Sem Fome também conta com eixos estruturantes voltados à autonomia financeira dos beneficiários, como cursos de qualificação profissional e iniciativas de incentivo ao empreendedorismo.

“O Ceará Sem Fome é muito mais que um prato de comida. Nosso grande objetivo é devolver dignidade às pessoas em situação de vulnerabilidade e criar oportunidades para que os beneficiários conquistem sua autonomia financeira. Queremos que cada um deles tenha condições de transformar a própria vida e escrever uma nova história”, destacou Lia de Freitas.

A audiência contou com a participação de representantes da Secretaria da Proteção Social (SPS), Secretaria do Trabalho (SET), Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Secretaria da Igualdade Racial, Secretaria da Saúde (Sesa), Secretaria da Pesca e Aquicultura, Secretaria dos Direitos Humanos, Comissão de Segurança Alimentar e Nutricional (Cosam), além de membros de organizações da sociedade civil, da União de Gestores Sociais (UGS), Agentes Populares de Segurança Alimentar e da Fecomércio.

O secretário do Desenvolvimento Agrário, Moisés Bráz, lembrou das últimas novidades do programa. “Estamos abrindo o edital do Prêmio Cozinhas Transformadoras 2025 que vai premiar as unidades que se destacam no combate à fome. Vamos entregar novos equipamentos às unidades gerenciadoras, fortalecendo o trabalho junto às cozinhas credenciadas. Além disso, estamos propondo ampliar de 30% para 45% o percentual mínimo de aquisição de produtos da agricultura familiar nas políticas de alimentação”, afirmou.

Ainda durante a audiência, o deputado Pedro Lobo lançou outra proposta: “Queremos realizar, ainda neste semestre, uma Feira das Cozinhas do Programa Ceará Sem Fome na região do Cariri. A expectativa é que o evento aconteça em novembro, como uma forma de valorizar e dar visibilidade a esse trabalho tão transformador”, disse.