A movimentação da oposição ganhou novos contornos após a declaração do líder do PDT na Assembleia, deputado Cláudio Pinho, que revelou uma pesquisa interna apontando Roberto Cláudio e Capitão Wagner como os nomes mais fortes para disputar o Senado Federal. A partir desse cenário, começa a se desenhar uma chapa majoritária com Ciro Gomes para o governo do Ceará, acompanhado por Roberto Cláudio e Wagner na disputa pelo Senado.

A sinalização deixou o PL de fora desse arranjo inicial. O deputado Carmelo Neto, ex-presidente estadual do partido, evitou comentar a ausência da sigla na composição. Já a atual liderança do PL reafirmou que seguirá a orientação nacional, que determinou a suspensão de qualquer diálogo com Ciro Gomes.

Apesar da pressão e da repercussão, Ciro Gomes não demonstrou qualquer abalo com a possível saída do PL das articulações. Pessoas próximas ao ex-ministro afirmam que ele segue “absolutamente tranquilo”, avaliando que a construção de um projeto para o Ceará não depende de alianças circunstanciais, mas de uma convergência em torno de propostas para reconstrução e desenvolvimento do estado.

A fala de Cláudio Pinho, contudo, mexeu com o tabuleiro político. A reação imediata foi uma reunião relâmpago no plenário, seguida de conversas reservadas nos gabinetes, revelando que a oposição ainda busca ajustar peças e redefinir estratégias diante do novo cenário.